segunda-feira, julho 09, 2007

Vídeo do Projeto

Vídeo que mostra as cores e as reflexões do projeto "Educação Popular e Atenção à Saúde da Família", uma experiência de extensão popular desenvolvida e amadurecida há 10 anos em parceria com a Comunidade Maria de Nazaré, em João Pessoa.

O Projeto está vinculado ao Departamento de Promoção da Saúde da UFPB (CCS) e também tem apoio da PRAC/UFPB e SESu/PROEXT/MEC.

Para versão completa, mandem e-mail para o Projeto e podem comentar aqui no Blog!

Em duas partes, curtam o filme!
Parte 1




Parte 2

domingo, fevereiro 11, 2007

Ecos do I VEPASF


Ecos do I VEPASF

(Estágio Nacional Multiprofissional de Vivência em Educação Popular e Atenção à Saúde da Família)
Comunidade Maria de Nazaré - UFPB - 19 a 30 de Janeiro de 2007.

Vejam com fotos no Blog:
http://proman-ufpb.blogspot.com/



Maíra:
Pra mim, teve um característica importante: integralidade. Me senti muito bem por todos voces terem vindo no nosso 1 estágio e assim, contribuiçoes fundamentais para o mesmo.

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Tânia:
Participar dessa vivencia foi mais um momento especial de crescimento profissional e pessoal. Acredito que aprender, vivenciar outras experiências que nao fazem parte do nosso dia-a-dia, cotidiano, da nossa cultura nunca é demais... Essa vivência nos leva a refletir que apesar dos desafios é possivel sonhar, buscar alternativas, possibilidades a fim de promover, como diria Paulo Freire: a libertação da consciencia.Sem contar que podemos ser multiplicadores de açoes comos essas realizadas pelo PEPASF, que podemos compartilhar e discutir abertamente sobre as nossas experiencias particulares e crescermos um com o outro, conhecer pessoas de outros Estados, de outros cursos que tambem estao engajados no mesmo objetivo: ver um mundo melhor, promover a cidadania, o desenvolvimento, o crescimento do homem como um todo...

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César:
Nascemos sem saber nada e morremos sem saber tudo. Mas Deus nos deu o poder do aprendizado, fazendo com que através de experiências, leituras ou qualquer outro tipo de atividade pudéssemos adquirir conhecimento e a partir daí utiliza-lo como bem entendessemos . A vida também nos ensina, não de uma maneira didática tradicional, mas através de fatos que envolvam emoção e sentimento, interligando de uma maneira, para mim indissociável, conhecimento e emoção.
Durante nosso aprendizado não são os grandes acontecimento que nos trazem muito aprendizado, mas são os “pequenos momentos”, que às vezes são tão sutis que não percebemos, que nos despejam toneladas de sabedoria e aprendizado. Esses “pequenos momentos” são vividos por nós todos os dias, inúmeras vezes, porém, muitas vezes não estamos abertos para receber novas informações, e muito menos disponíveis a compartilhá-las.
O principal responsável por gerar esses “pequenos momentos” é o destino, e dentro do destino o acaso. O acaso trouxe até minha caixa de email a propaganda do VEPASF, de certa forma o acaso também fez com que eu fosse selecionado, e assim, graças ao destino e ao acaso pude conhecer pessoas maravilhosas e com elas trocar informações e dividir esses tão ricos “pequenos momentos”.
Graças ao destino, ao acaso, ao VEPASF, a pessoas maravilhosas que conheci e aos inúmeros pequenos momentos que compartilhei, adquiri muito conhecimento. Porém, mais importante do que ter adquirido esse conhecimento é hoje saber para quem e com quem desejo compartilhá-lo. O VEPASF fez com que despertasse em mim ainda mais a vontade de trabalhar para quem mais necessita, fez com que despertasse ainda mais a vontade de romper as doutrinas acadêmicas que regem nossas universidades, fez com que eu visse a importância dos projetos de extensão para a sociedade, para os alunos e para o ensino, fez com que eu valorizasse cada vez mais a opinião do próximo e respeitasse as diferenças cultura e respeitasse as diferenças culturais, raciais e intelectuais que às vezes tornam nosso povo tão distante.
O VEPASF ressaltou para mim a necessidade que nossa sociedade tem por mudanças, porém, o mais importante de tudo foi ter descoberto que essas mudanças ESTÃO AO NOSSO ALCANÇE, que não precisamos de mágica ou invenções mirabolantes para solucionar esses problemas, mas sim apenas de pessoas interessadas que UTILIZEM O PODER DO APRENDIZADO EM BENEFÍCIO DO PRÓXIMO.
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Bernardo:

Sem palavras, acho que depois de tão belos comentários apenas tornariam-se reduantes e nunca tão expressivas nossas emoçoes textuais, senão essa prova de carinho com que tão bem nosso amigo gaúcho, ops césar, nos presenteou...

Falo por mim, mas quiçá por todos, que o dito acima é mais do que a minha impressão, é a síntese da vida humana, aquilo que nos impulsiona a levantar todos os dias e continuar a luta munidos das palavras de Ferreira Gullar: "como dois e dois são quatro/ Sei que a vida vale a pena/ mesmo que o pão seja caro/ E a liberdade pequena".

Apesar de tanta hipocrisia, tanta escravidão que essa vida burguesa nos impõe, se o acaso nos "selecionou" que seja para mudar aquilo que deliberadamente, nós, raça humana, fazemos em prol da nossa auto-destruição.

Temos as idéias claras e os meios tão bem determinados (nisso, nada como um projeto da magnificência do VEPASF para nos alertar), só o que nos resta agora é levantar e agir. Agir para sermos o ser humano que Eduardo Galeano já lembrava: "Somos enfim, o que fazemos para transformar o que somos. A identidade não é uma peça de museu, quietinha na vitrine, mas, a sempre-assombrosa síntese das contradições nossas de cada dia".

Apesar de ser da sabedoria de um palhaço, nada como ouvir verdades, mesmo a beira de um sinal de trânsito, para refelitir: "A humanidade é má, sim, mas o ser humano é bom" e nisso que nos fiamos nas grandezas e nas potencialidades do ser humano. Naquilo que aprendemos nos tempos de Paraíba, no vínculo, na complexa realidade, repleta de contradições e condições inerentes a nós seres humanos. E nada como enxergar no próximo aquilo que de melhor temos e assim atingir todo o potencial do homem, não em termos genéricos, mas individual e concreto. Obrigado extensão popular!!!

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Irene:
Você pediu para ecoar, então vou palavreando...

Eco sigla? VEPASF, veja a EP avançando sem fronteiras!
Eco, eco, eco? O aprendizado da escuta.
Eco-secos de JP e RJ? Calor sem chuv'a vista...
Ecos e não ecos ? Sejamos aprendentes e ensinantes da diversidade!
Eco ar? as benesses da roda, do coletivo pensante e pulsante.
Eco ar? a autonomia que liberta e compõe cidadania.
Ecosecos do I VEPASF? Saudades e boas lembranças de montão!!!
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Pedro:
Quando o VEPASF se encerrou, naquela festa com o Latocando, naquela ciranda bonita, eu pensava em 1000 coisas. Isso geralmente me acontece quando vejo "se encerrar" as experiências belas das quais participo. Aconteceu na Tenda do CBEU. Aconteceu na Tenda da Aneps no Rio.

Aconteceu lá na Associação, quando o I VEPASF estava se concluindo e eu via o rosto de cada um e cada uma. Eu sentia uma vibração que me enchia de esperança e de gosto por fazer tudo o que faço.

Como disse na roda inicial da avaliação, com o VEPASF eu aprendi ainda mais e mais forte que eu gosto de trabalhar e é deste trabalho que gosto. De lidar com as pessoas, de mexer e re-mexer nossos conceitos, de pensar "pequenas coisas grandes", de trabalhar com as pessoas, de construir processos formadores, de política, de extensão, de formação.

Aprendi com ainda mais ênfase o quanto é bom estar ao lado de pessoas competentes, decididas e corajosas como vocês companheiros e companheiras de extensão popular. Como é bom sentir-me sempre acompanhado, e tão bem acompanhado. Como é bom "remar contra a maré" ou ser "contra-hegemô nico" junto; acompanhando; unindo força, somando esforços, construindo o belo através dos diferentes e nas diferenças; nas contradições.

Quero dizer do meu encanto com o pessoal do Projeto Educação Popular e Atenção à Saúde da Família. Nós do PEPASF marcamos mais um passo e contamos mais uma história bela dentro do Projeto. Estudantes que, novatos ou veteranos, mostraram uma coragem imensa em experimentar o novo. Demonstraram uma garra sem limites ao organizar com brilhantismo um Estágio Nacional de Vivência. Estudantes novatos que assumiram também a responsabilidade, que cresceram. Esudantes veteranos que foram maduros o bastante para compartilhar responsabilidades e por permitir e se permitir formar.

Encanto com os professores do Projeto. Sempre com a gente. Sempre parceiros únicos, dispostos a ouvirem nossas "loucuras" e conosco sonhar horizontes ainda maiores. É belo ver docentes e discentes construindo junto, na perspectiva da educação e da formação, no canto da parceria e da humanização.

Gente, estamos de parabéns. O PEPASF completa em 2007 10 anos e não vejo maneira melhor de começar a comemorar. Centenas de estudantes passaram pelo Projeto nesse tempo e construiram fortalezas, consolidando uma experiência de extensão popular que, como diz no livro "Perplexidades" , denuncia o velho e aponta o novo. Por isso somos referência; não referência para ser destaque, mas ser referência para contribuir numa luta nacional contra a opressão no ensino e o autoristarismo na saúde; uma luta pela educação popular, por justiça, por democracia e por solidariedade. Por amorosidade. O Projeto é tudo isso; e representa tudo isso. Fazer o VEPASF nos permite socializar a nossa história e as nossas lutas, consturando redes e parcerias que permitem que essa experiência dialogue com tantas outras pelo Brasil e aprofundemos nossa capacidade de aglutinação e mobilização nacional.

Parabéns. Que bom fazer parte desta turma.
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Eymard:
No final de janeiro, nós da UFPB tivemos a honra de receber vários participantes desta lista (15) vindos de diferentes estados do Brasil. Inicialmente ficamos muito alegres de sentir o interesse de tantas pessoas (35) em conhecer o nosso Projeto Educação Popular e a Atenção à Saúde da Família. Tivemos que fazer uma seleção, pois não tínhamos condições de receber todo mundo. Quando a turma chegou, ficamos surpresos com o nível do grupo: muitos estudantes com experiência, professores universitários e profissionais com longa trajetória de militância. Todos vieram à Paraíba com recursos próprios. Nós professores do Projeto, ficamos também contentes em ver como nossos estudantes assumiram a organização do estágio com garra e eficiência, mostrando uma maturidade imensa. Muitos estavam no Projeto há apenas 3 meses. Aí veio o melhor. O estágio animou nosso Projeto. Apesar de estarmos de férias, a oportunidade de conviver com tanta gente legal, bonita e alegre mobilizou muito a participação de nossos estudantes. Foram dias muito animados.

Inicialmente, pareceu que a turma de fora viria para conhecer o que já fazíamos. Mas isto é impossível quando lidamos com EP. Na verdade, a turma que chegou trouxe inúmeros questionamentos e sugestões. Não somos mais os mesmos depois desta visita.

Enfim, terminamos o estágio muito animados com o movimento da extensão popular. Queremos repetir o estágio em futuro próximo. Acho que outras experiências poderiam pensar em estágios semelhantes. É uma forma de criar um intercâmbio mais profundo entre nós. Vimos que nosso movimento tem muita gente disposta a avançar.

Queria, finalmente, enviar um grande abraço a todos os que vieram. Foi lindo. Tivemos debates maravilhosos. Destes que nós professores ficamos saudosos. A vida universitária, muitas vezes, é medíocre, pois nem sempre conseguimos reunir pessoas realmente motivadas a aproximar da verdade, inclusive expondo suas inseguranças e incertezas. No meio desta rotina de alunos "pagando" nossas disciplinas, estes debates significaram um grande show de fogos de artifício.

Saudades.
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Sharlene:
Participar do VEPASF foi totalmente inspirador, significou p/ mim uma injeção de ânimo!!! Através do VEPASF realimentei meus sonhos e voltei a pensar em um mundo melhor!

E forças não me faltaram para colocá-los em prática, tanto é que já marquei uma reunião com os CA's da saúde da UFAL e conversei com membros do LEPS (laboratório de educação popular em saúde), um professor de medicina e uma ex-militante do ME de Nutrição (hoje profissional) todos ficaram super-interessados !!! Já temos três comunidades em vista, mas ainda não discutimos com os alunos, vamos fazer isto Terça!

No último dia do VEPASF quando escutei a "minha música" no vídeo, percebi que o VEPASF é uma forma de viver e não podemos ter a vergonha de ser feliz !!!!

sábado, setembro 23, 2006

Um sábado na Maria de Nazaré: debatendo saúde e mobilizando a Comunidade


Sábado, 23 de Setembro de 2006.

As atividades aqui descritas compõem
o PROMAN – Programa interdisciplinar para o desenvolvimento social e atenção à saúde na Comunidade Maria de Nazaré, aprovado no Programa de Apoio à Extensão Universitária voltado às Políticas Públicas (PROEXT), vinculado ao Ministério da Educação, à Secretaria de Educação Superior e ao Departamento de Modernização e Programas da Educação Superior.

A Comunidade Maria de Nazaré se integrou aos estudantes e professores do Projeto Educação Popular e Atenção à Saúde da Família (PEPASF) , por meio do Proman, além de profissionais de sua equipe de saúde local em várias ações que movimentaram a sua dinâmica.
Logo pelo início da manhã, toda a turma do PEPASF se reuniu na sede da Associação Comunitária (ACOMAN), onde tiveram uma conversa inicial e pactuações para início das visitas às famílias da Comunidade (atividade semanal do Projeto); participaram também desta vivência estudantes dos projetos Fisioterapia na Comunidade e Para Além da Psicologia Clínica, que com o PEPASF compõem o Proman.
Duas lideranças comunitárias, Terezinha e Socorro Miranda, acompanharam esse processo. Dadas as boas-vindas, toda a turma começou a se dispersar nas atividades da manhã, que eram: Campanha para Votação consciente; Aula do Curso Comunitário de Saúde, sobre os Conselhos de Saúde; além das próprias visitas domiciliares.

Campanha

Uma das ações previstas pelo Grupo Comunidade em Geral, equipe responsável pela realização de campanhas temáticas e feiras de saúde, além do Cinema na Comunidade, foi a Campanha do Voto que antecedeu a semana das eleições para presidente, governador, senador, deputado federal e estadual.

A campanha contou com a parceria da ACOMAN – Associação Comunitária Maria de Nazaré, a Rádio Difusora Local, o PSF local e vários outros grupos que atuam na Comunidade.
Na manhã de sábado do dia 23, na sede da ACOMAN, cerca de 25 pessoas, moradores de diversas faixas etárias que já votavam, se reuniram e participaram de uma roda de conversa sobre a importância do voto e seu significado para o País, as bases de desenvolvimento de uma nação (educação, saúde, moradia, emprego, lazer), esclarecimento sobre as funções de cada cargo político, a importância da união dos grupos sociais para o fortalecimento de suas reivindicações e lutas, entre outros assuntos. A roda de conversa foi facilitada pelo estudante do curso de Ciências Sociais da UFPB, David.
Ainda tivemos a Participação do Tribunal Regional Eleitoral que instalou uma urna eletrônica e possibilitou aos eleitores esclarecimentos e treino da utilização do equipamento de votação, bem como a distribuição de cartazes e panfletos.A Campanha do Voto, a segunda campanha realizada pelo grupo Comunidade em Geral e a Comunidade Maria de Nazaré, trouxe um tema muito importante para discussão. O mesmo, escolhido pela própria Comunidade, foi priorizado dentre tantos outros, indicando a necessidade de debater a consciência sobre o exercício do papel político e de cidadania de cada pessoa. O planejamento participativo contribui para a integração comunidade/ academia e o avanço do controle social.

Curso Comunitário de Saúde (Módulo 2 - Aula 6 - Os Conselhos de Saúde).

O Curso é uma atividade pedagógica promovida pelo Proman, em parceria com a ACOMAN, integrando membros da Comunidade, profissionais do PSF comunitário e estudantes dos Projetos. Está fundamentado no apoio às ações da Comissão Local de Saúde, que reivindica a melhoria do quadro comunitário de saúde, sendo uma das frentes de atuação da própria ACOMAN.


Na aula deste sábado (a sexta e última do módulo 2, "Controle social e participação popular na saúde"), contextualizou todo o debate realizado nos momentos anteriores: cidadania, acesso e luta pela participação popular, mobilização social, exercício da cidadania e políticas públicas de saúde que influenciam a Comunidade.
Dessa maneira, este momento tentou responder a uma questão essencial: "Como pensarmos estratégias e caminhos para viabilizar o controle social na Comunidade?"; "Como fortalecer a participação popular em nosso meio?". Como convidada para trazer sua contribuição de experiência e teoria em nosso debate, tivemos a alegria de contar com Socorro Borges (SEAMPO-UFPB; NESC; ANEPS-PB e conselheira estadual de saúde).
Antes de dar início à aula, Michelly leu um poema de Eymard ("Grito entalado") e discutimos, a partir dele, o que sentimos.


Em seguida, dividimos o grupão em 3 pequenas rodas, com o intuito de viabilizar uma maior problematização do eixo da aula, para que as pessoas mais inibidas pudessem compartilhar melhor seus pensamentos e a discussão tenha uma primeira "esquentada". Pedimos que cada pequeno grupo compusesse 3 perguntas.
Com a discussão, as pessoas levantaram dúvidas e questionamentos sobre o controle social, além de trazerem experiências pessoais.
Voltamos então para o grande grupo, onde pautamos na conversa temas/questões como: histórico do controle social em nosso país; qual a composição dos Conselhos; como se institui um conselho local de saúde; que desafios se põem às pessoas para lutarem pelas políticas públicas democráticas em suas comunidade; que dificuldades e disputas se encontram na dinâmica de um Conselho.
Foi um momento muito especial; as pessoas puderam compartilhar muito de suas experiências e aprender/conhecer muita da luta que está na disposição e no trabalho de viabilizar o controle social e se buscar fortalecer a participação popular. A presença de pessoas da equipe de saúde local também foi importante para estimular o sentido de integração e ação conjunta das instâncias sociais da Comunidade.


Foi, enfim, uma manhã de sábado bem empolgante.

Cheia de histórias. Repleta de aprendizados. Viva. E Bem-vindos(as) a Comunidade e a Extensão Popular!
E o que seria de nós sem a amizade e o companheiros no jeito de fazer?

Da esquerda para a direita, gente que está no meio dessa história: André (Psicologia), Cristina (Fisioterapia), Pedro (nutrição), Ana Maria e Meirhuska (Fisio).

*** Texto: Pedro José Cruz, Cristina Marques, Ana Maria Braga e Karinne Lira.

domingo, setembro 03, 2006

Apresentando o Proman


O programa Ação Interdisciplinar para Desenvolvimento Social e Atenção à Saúde na Comunidade Maria de Nazaré (Proman) constitui uma iniciativa que reúne quatro projetos de extensão universitária da UFPB vinculados a Comunidade Maria de Nazaré: o Educação Popular e Atenção à Saúde da Família, o Fisioterapia na Comunidade, o Para Além da Psicologia Clínica e o Plantão Psicológico. Seu objetivo é apoiar e/ou ampliar as iniciativas mantidas pela comunidade, por meio de ações que reforcem os grupos comunitários existentes. Portanto, compõe uma oportunidade de consolidar a atuação da UFPB em prol do desenvolvimento social da Comunidade, através de ações capazes de favorecer a autonomia das organizações populares.
A comunidade Maria de Nazaré se localiza no bairro Funcionários III, na periferia urbana da cidade de João Pessoa (PB). Possui cerca de 636 famílias, num ambiente de ocupação, com relevo acidentado e situações precárias de saneamento, urbanização, moradia e saúde, embora possua uma Unidade de Saúde da Família (USF).
Desde sua origem, na luta pela moradia, se constituíram grupos combativos, organizados em torno da Associação Comunitária Maria de Nazaré (ACOMAN), que possui diretoria eleita, sede e mantém uma escola comunitária para crianças, uma oficina de costura (geração de renda), uma rádio difusora, atividades de grupos de mulheres, de adolescentes (rádio, dança e teatro), de gestantes, participando também de programas de erradicação de trabalho infantil e de alfabetização de adultos.
Caminhando a partir dos princípios metodológicos e pressupostos teóricos da educação popular, as atividades deste Programa objetivam o fortalecimento da dinâmica comunitária, apoiando pedagogicamente seus variados grupos de ação. Assim, pretende-se consolidar uma parceria entre a Universidade Federal da Paraíba e essa comunidade historicamente combativa, criando uma interface que envolve o respeito ao saber popular e a intervenção da ciência na realidade daquela coletividade.
Nesse sentido, através de processos educativos conducentes à conscientização e criticidade, Universidade e Comunidade irão dialogar na busca por estratégias de enfrentamento dos problemas percebidos e, em seguida, discutir quanto à sua concretização.

O Programa conta com estudantes de diversos cursos da UFPB, envolvendo áreas de Saúde, Humanas e Exatas.
Participam como orientadores 5 professores: Kátia Ribeiro e Dailton Lacerda, da Fisioterapia; Marísia Oliveira, da Psicologia; Wilton Padilha, da Odontologia; e Eymard Vasconcelos, da Medicina.
Este sítio tem por objetivo socializar as atividades deste Programa com extensionistas de todo o Brasil; na perspectiva da difusão e problematização do conhecimento produzido a partir da troca de saberes científico e popular.
Comecemos a viagem!